Intrigo
e empertigo os dizeres, pronunciando de soslaio as arrogâncias que
acariciam a garganta, do sentido de expor a todos a verossimilhança
de minhas percepções. Fugo, fogo e fui a dizer o que penso. Faço
melhor, talvez, em ter calado.
“Desculpe,
senhor, que mais há de se fazer nesse lugar?” - Enfuria? -
Enfastiado?
Dê-me
um café.
Aparo
o guardanapo, faço-lhe e interrompo a forma que há de ser. Há de
houver a priori, sem prioridade. Subjugo as palavras pra dizer-lhes o
que bem quis, quero. Não hei de ser viúva delas, tampouco as farei
orfãs de mãe, já que se fizeram em mim, sem pai ou origem,
desnudadas e envelopadas.
“Qual
o gosto do vento português, minha breve Ceci?” Perguntei. Ela diz
que é azul, que é denso, que consegue tocar o gosto de vento na
ponta da língua e nas narinas. Haja prenda que a compre! Haja par
que a prenda! Haja prenda que a conquiste!
Haja, mas que aja – acima de tudo.
Haja, mas que aja – acima de tudo.
Que
faça sol de manhã, encoberto por nuvens anis, pois o cinza mistura
bem com o amarelo solar.
Não quero que faça beleza, poética, acinese! Quero acordar as dez e comer rosquinhas industrializadas, sentir a urgência da rotina, ouvindo um ciborgue alertar que minhas definições foram atualizadas. Mal sabe ela, que de fato foi. Que sem fato, dói.
Não quero que faça beleza, poética, acinese! Quero acordar as dez e comer rosquinhas industrializadas, sentir a urgência da rotina, ouvindo um ciborgue alertar que minhas definições foram atualizadas. Mal sabe ela, que de fato foi. Que sem fato, dói.
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