Escrevo
no exercício de traduzir os pensares que abarrotam, que se
estabelecem, incarte em arguidos mudos, recuso o grito que se afoga
no calor. Ser, o caminho leve que se cruza no fim da história.
Consonante, as consoantes se vogalizam, encaminhando a voga de um
pesar latente. Não quero evocar narrações que circunscrevem
cronologicamente, meu interesse se pauta nas coisas de dentro, a quem
tento - escolhendo por som, por beleza – chamar ao mundo, encarnar
em minha missão de significado. Não se trata de gramática, lógica
contribuinte e estrutura. São polimorfismos que se constroem, que
evocam ao meio tempo do meu sentir.
São
as asas que entrego a obsessão de dar nome ao que se i-nomeia.
Verbalizo os imperantes, e os trilho pro meio de minha vontade.
Aprendo a colorir os olhos e escolher os aparatos constitutivos de
minha historicização. Anseio por construir-me e ser,
desconstruidamente, espírito. Quisera e quimera;
acometam-se
no baile dos corpos em transe, dos lados do mesmo monstro. Dos
silêncios que engasgam, da vida que escorrega,
das
delícias
e
dos jardins.
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