quinta-feira, 15 de maio de 2014

Redoma

O recanto das palavras me urge e, em sinais de encontro, revejo. Que se passa em memória?
Que os cantos se recubram do doce pesar da saudade, da falta, sempre que falte o esmeril som das facas. Depósitos que se fizeram abarrotados de tanto, e tudo, transbordem na madrugada fria do Outono; quando me doerem os ossos, rompendo as estruturas do que sou. Por onde andam as bonitas palavras, a beleza pronunciada em mente, meu querer em deleite? Há tão pouco a transcrever, há tanto a aglutinar-se. destraduzido.
São, ainda, presença informe, inconceituada. Das coisas que dantes resignava ao falar, resta o há, o não ser mais, que
é.
Ando pós-moderna demais pra pensar! Retomo as conjunturas febris do sentir. Não se concebe racionalizações daquilo que parte de ti e volta sem nome, sem cor, sem som. Emudeço sem saber se é míngua, se é vago ou se é ser.
Ao caminho, e à voz.
Ser em si, viver dentro.
Deformar-se em sentimento
sentir
ser
caber em sí.

Em sol maior.

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