domingo, 13 de janeiro de 2013

One more cup of coffee




Este ímpeto de escrever coisas morgadas e aleatórias que na manhã seguinte não farão sentido algum, mas que se mostram prerrogativas de alguém que estava pensando naquilo que não devia. Digo isto, tendo respaldo na velha ideia que se pauta na expressão de não pensar; todavia, pensar não é uma atividade voluntária, assim como, escolher ou categorizar por temas aquilo que se pensa. Desta maneira, já antecedo o conteúdo deste esboço e repouso sobre ele aquilo que me veio á mente, sem qualquer justificativa ou preparação para aquela que pensou. 
São só alguns malditos e alheios pensamentos, átomos interplanetários que estão á colidir e formar galáxias.
"Concentro-me, e encontro um universo em mim mesmo."
Algo que gira entorno de escolher a música certa para o último cigarro, e a quantidade de açúcar adequada para uma xícara de café. Não tão doce como o de costume, já que não é esta a ocasião para cafés açucarados.

Oh minha grande, oh minha pequena... Obsessão.
 Revela-te, pois a desconheço. Não fomos apresentadas, ou és polimorfa? Tenho a impressão de que já nos vimos em algum momento congelado em um universo paralelo.
Nesse vai e vem de palavras, neste vai e vem de pensamentos, que são também palavras, oscilamos, digo, oscilo entre ser e estar. Não que fosse esse um privilégio meu, mas é que minha percepção despretensiosamente me obriga a falar daquilo que conheço. Fluindo entre movimentos e estagnações, é isto estar vivo? 
Sentir o vento leve, que toca gentilmente como um presente. O agradável tempo.

Tempo, tempo, tempo... É o passar ou que passou?
Existência, ou criacionismo? Se é que um exclui o outro nesta curiosa dinâmica que faz vibrar os pulmões dos grandes, pequenos e ínfimos.
Expressão mal corrigida das coisas, que brinca com anedotas mal contadas de si mesmo. Sente-se como Erasmo de Roterdã, que se alocou no alto de um palco construído para não compor a salva guarda de seres que dançavam alegres a valsa com a perdida dama louca. O tempo faz piadas de si mesmo.

Ode á velha doçura empastada e curtida dos sentimentos, que travestiram as decadentes roupagens da noite, com suas bijuterias enferrujadas que perderam a exaltação.
Olhar, sem ver. E desgastar seus olhos com entardecer colorido dos dias que passam. Vão... Vem... E se vão novamente. Ouvir o som dos violinos acordados ao piscar repelente dos olhos. Não é desacreditar, caro e improvável leitor, não se deixe enganar pela visão pouco romântica daquilo que está lendo. Pois este tom meio descrente e pessimista é tão velho que está na moda. E creia-me, há beleza nisso.

Livre de juízo de valor esta pobre alma segue, com sua xícara do enegrecido café, que agora ameniza o gosto daquele ultimo cigarro, concluindo mais um esboço tragado, com uma percepção comum das coisas. Nada de especial, só mais um corpo de palavras justificado, em Times, tamanho 12.

Nenhum comentário:

Postar um comentário