Adoce,
meu amor.
Comece pelo doce, depois pelo adoecimento. Sem calma, sem tarde, vença este marasmo que se apodera de ti lá pelas 5 da
tarde. Quando o sol é chama, e
chama, alaranjado, o fim de tarde.
É tarde, eu sei. Celebra a face, brindarei os olhos que resplandecem e recolhem as alegorias de
tempos antanhos.
Entrego a pausa pra sentir o ponto sonoro do seu sorriso. Lembro
da luz roxa que transpassara a cortina e contornava-lhe a íris,
imortalizando a imagem que ali jazia viva. Chorei em ardor por
lembrar que aquilo já havia sido. Que perdi os segundos que se
passaram.
Grafo,
Grifo, arquivo-lhe.
Impressionando minhas vestes, meus cheiros,
meus quero; e você a olhar pela janela indiscreta do outro lado da
avenida. Desculpe rapaz, mas você já foi meu um dia.
Sigo,
atravesso a rua de maneira atrevida e ao som das buzinas questiono um
pouco de simpatia ou gentileza. E neste sol tão quente não vou
esperar pelo automóvel.
Que
voe! Pois, eu voo.
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