quinta-feira, 10 de abril de 2014

Grafia

Adoce, meu amor. 

Comece pelo doce, depois pelo adoecimento. Sem calma, sem tarde,  vença este marasmo que se apodera de ti lá pelas 5 da tarde. Quando o sol é chama, e chama, alaranjado, o fim de tarde.
É tarde, eu sei. Celebra a face, brindarei os olhos que resplandecem e recolhem as alegorias de tempos antanhos. Entrego a pausa pra sentir o ponto sonoro do seu sorriso. Lembro da luz roxa que transpassara a cortina e contornava-lhe a íris, imortalizando a imagem que ali jazia viva. Chorei em ardor por lembrar que aquilo já havia sido. Que perdi os segundos que se passaram.
Grafo, Grifo, arquivo-lhe. 

Impressionando minhas vestes, meus cheiros, meus quero; e você a olhar pela janela indiscreta do outro lado da avenida. Desculpe rapaz, mas você já foi meu um dia.


Sigo, atravesso a rua de maneira atrevida e ao som das buzinas questiono um pouco de simpatia ou gentileza. E neste sol tão quente não vou esperar pelo automóvel.
Que voe! Pois, eu voo. 

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