domingo, 26 de janeiro de 2014

D is ap p ea r


Retomo as xícaras, disponho os lugares. Organizo as cadeiras, assento.
Visto, retiro, banho. Descrevo-lhe aos olhos, repuxo a memória.
Já faz tanto tempo! Semanas.
Algumas horas na praça. Em um banco. O tempo. O tempo. Sem sono.
Já faz tanto tempo! Sempre tenho.
Impressão.
Amasso o papel, queimo cartas.
Não! As antigas prescindentes de meus tempos no útero. Antes de você.
Respiro. Vazio. Subsequência. O que estás a fazer?
Pauso. Corte. Espelho.
Encaro. Aconselho. “Não pense!” “Não importa.” Não muda.
Eu mudo. Emudece.
Respiro. Anseio. Barulho?
Canso.
Canso.
Choro.
Anseio por teus cabelos. Em um delírio. Morro. Mordo. Dói.

Incomodo-lhe? Odeia-me? Vejo que sim.
Frustração.
V a z i o. Cheio.
E a constante sensação de ser inconveniente.
Fim?

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