sexta-feira, 7 de junho de 2013

Amiúde


O destempero de nossos pontos de vista se assemelham a brincadeira de pardais, que disputam pelas gotas de água em um mesmo recipiente. Somos passarinhos coloridos, com cores contraste que se apartam por entreolhares, e colidem em gosto de sentimento nobre.

É pelo contraponto de encontro que estamos sempre a nos juntar.
Nesta longa espera de inverter, estamos em junção.

Por (a) partos de pensamento, em causas in concretas de sistemas paralelos, sempre a sugerir correções de ideologias incorpóreas, as entranhas saltam em desgosto contra mim e contra você. Magoamos, rimos, e eu digo que não me desculpo por não saber usar crase.

Exponho os devaneios irritantes de um signo mundano, de um marte mal aparelhado, com risinhos de um filme predileto. Você se espanta, meio arrependida, de ter compactuado naquele primeiro dia com a revolta de um contra gosto que se prendeu ao meu. Mas, lembra que mesmo em minha completa distorção, fui eu  quem  entendi o que ninguém entendeu. Talvez paute aí o meu valor.

A dupla de amorfas, o encontro inseparável de Água e Fogo.

Minha tagarelice em momentos impróprios sempre te constrange, e seu modo nada sutil de me conter,  magoa.
Eu magoável e você irritável.

E vejam só, entre tantos universos, galáxias, sistemas, vidas, nos encontramos e optamos pelo vínculo.
Pelo prazer dolorido da escolha,  estamos aqui.
Estranho é perceber, que na estranheza opositora encontramos alento.
(In) definível, ou sorte...


Você sempre, passarinho.



Nenhum comentário:

Postar um comentário